Recuperando arquivos com o Recuva

IMPORTANTE: caso você tenha apagado um arquivo sem querer, pare de usar o computador imediatamente e abra um software de recuperação de arquivos. Caso a besteira já tenha sido feita e você não tenha um desses softwares disponíveis na hora, recomendo baixar o Recuva, a versão portable, salvar em um pendrive e seguir este tutorial.

Existem inúmeras alternativas para você tentar recuperar arquivos que foram apagados por engano. A mais conhecida é a EASEUS Data Recovery Wizard Pro, que custa cerca de noventa dólares. Existe a versão não-pro, um pouco limitada (não é compatível com discos dinâmicos, EXT2 nem EXT3), que custa cerca de setenta dólares. Não se engane, a versão free é um demo que NÃO recupera arquivos, HAHA.

Existe uma solução freeware, que infelizmente não recupera arquivos EXT2, nem EXT3, chamada Recuva. O Recuva é o freeware de “undelete” mais rápido, simples e interessante que eu já vi. Ele já possui uma tradução no nosso bom português, então deve ficar bem mais simples de entender que o software da EASEUS. Fique agora com um mini-tutorial de como usar o Recuva.

Acredito que não precise tutorial detalhado para INSTALAR um programa no Windows, né? :p “Próximo, Eu Concordo, Próximo, desmarca “Install Optional Yahoo! Toolbar”, Próximo, Próximo, Terminar.” Ao abrir o Recuva pela primeira vez, ele mostrará um assistente mais complicado e mais chato que o próprio programa, clique em “Não mostrar este Assistente na inicialização” e depois “Cancelar” ou pressione <ESC>.

Depois de cancelado o assistente, o Recuva “real” aparecerá. Nele existe uma caixa de seleção do lado do botão “Verificar”, que mostra as opções de partições disponíveis para a recuperação. Nesta caixa você escolhe a partição onde está o arquivo apagado e manda “Verificar”. Por exemplo, se você apagou algo importante que estava no C:, escolha o C: e clique em “Verificar”. Um contra é não poder escolher as partições de modo separado, digo, se eu quero escanear o C: e o D:, mas não o E: e o F:, terei de escanear duas vezes (uma no C: e uma no D:) ou mandar escanear todos.

Vão se passar duas etapas, que levarão algum tempo:

1. Verificar os arquivos apagados;
2. Verificar o estado dos arquivos apagados (para ver se tem como recuperar).

Quando o programa acabar AMBAS as etapas, não cancele! Você verá uma lista, uma árvore de diretórios ou miniaturas dos arquivos apagados, dependendo do modo de visualização escolhido.

Você pode filtrar os resultados naquela caixa de texto com uma caixa de seleção logo ao lado de “Opções…”. Como filtrar? Simples, digite partes do caminho, nome ou extensão dos arquivos a serem recuperados. Você pode usar caracteres coringa *, que substitui vários caracteres, ou ?, que substitui um caractere, e especificar mais de um critério para filtrar, separando os critérios com “;” (ponto e vírgula), como em “­.exe;.swf;*abc\”.

Mas não recomendo filtrar, pois às vezes o Windows bagunça os nomes dos arquivos e/ou o Recuva não consegue identificar de onde saiu o arquivo.

Existem 3 abas “perdidas” ali: Previsão, Informações e Cabeçalho. A “Previsão”, se não me engano, só funciona caso o arquivo selecionado seja uma imagem e esteja com a miniatura interna intacta (a imagem pode estar com problema). Já a aba “Informações” exibe os seguintes dados do arquivo: nome, caminho, tamanho, estado (segundo o Recuva), criado em, modificado em, último acesso em e comentário (do Recuva). O Cabeçalho é algo como uma previsão dos dados dele em forma hexadecimal.

Se você achou os arquivos apagados, quando for recuperar, não salve na MESMA partição do arquivo. Existe uma GRANDE chance (e Murphy ainda ajudará ela acontecer) de você sobreescrever ele e impossibilitar a sua recuperação. Ao invés disso, recomendo um pendrive para salvar.

Agora é só verificar se o arquivo ainda funciona, mas aviso que nem sempre ele recupera direito, mesmo que o estado do arquivo seja “Excelente” e “Nenhum cluster sobrescrito detectado”.

Esse programa também te permite acabar com arquivos de uma vez por todas. Basta selecionar ou marcar os arquivos (in)desejados, depois clicar com o botão direito neles e selecionar Remoção Segura Realçada ou Marcada. Para quem não sabe, “Remoção Segura” serve para sobreescrever os dados de forma a torná-los irrecuperáveis. Por padrão, o Recuva usa método “Sobrescrita Simples (1 passo)”, que já é suficiente para evitar que pessoas menos entendidas no assunto consigam recuperar.

Mas ainda há quem ache isso pouco. O Recuva também consegue usar o metodo “Gutsman”, digo, “Gutmann (35 passos)”. Nem preciso falar que este método demora muito mais, porém torna quase nula a chance de qualquer coisa ser recuperada. Nem a Ontrack deve conseguir recuperar um arquivo depois de usarem o método Gutmann. Mas lembre-se, depois de removida de forma segura, é IMPOSSÍVEL recuperar o arquivo intacto.

Bom, era isso, um mini tutorial explicando o funcionamento do Recuva. Espero que tenham gostado e até mais.

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